Os desafios e conquistas das mulheres no offshore de petróleo e gás
O setor offshore de petróleo e gás é uma das áreas mais desafiadoras da indústria energética.
Por muitos anos, esse ambiente foi majoritariamente dominado por homens, especialmente devido à natureza árdua das operações em alto mar e ao estereótipo de que mulheres não estariam “preparadas” para o trabalho físico exigido nesse setor.
No entanto, a realidade vem mudando e a presença feminina no offshore está se fortalecendo gradativamente.
As mulheres enfrentam barreiras únicas, mas também conquistam espaços de maneira significativa.
Hoje vamos entender os desafios, as conquistas e as oportunidades que as mulheres têm encontrado no mercado offshore de petróleo e gás, com um olhar especial para as iniciativas que estão impulsionando essa transformação.
Índice
A evolução do mercado offshore de petróleo e gás no Brasil
O Brasil é um dos maiores players globais no mercado offshore de petróleo e gás. A descoberta do pré-sal em 2007 colocou o país em uma posição estratégica, atraindo investimentos massivos e tornando a exploração offshore uma área vital para a economia brasileira.
Com isso, a demanda por mão de obra qualificada cresceu exponencialmente, criando oportunidades não apenas para profissionais masculinos, mas também para as mulheres.
Nos últimos anos, o setor tem sido impactado por avanços tecnológicos, o que facilitou a inclusão de profissionais de diferentes perfis.
A digitalização de processos e a automatização de sistemas tornaram algumas operações menos dependentes do esforço físico, abrindo portas para a diversidade de gênero.
Ao mesmo tempo, empresas do setor vêm reconhecendo a importância de práticas mais inclusivas, adotando políticas que promovem a equidade de gênero em suas operações, seja em plataformas offshore ou nos escritórios administrativos que as sustentam.
Qual a participação das mulheres no mercado offshore de petróleo e gás?
Embora a presença feminina no mercado offshore de petróleo e gás ainda seja minoritária, o número de mulheres na indústria está crescendo.
Segundo dados de entidades como o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), cerca de 19% das vagas no setor de petróleo e gás são ocupadas por mulheres.
Em plataformas offshore, essa participação ainda é reduzida, mas está em franca ascensão graças às iniciativas de inclusão de gênero promovidas por empresas e organizações do setor.
O trabalho das mulheres no offshore vai muito além da parte administrativa. Elas estão presentes em áreas técnicas e operacionais, como engenheiras, geólogas, técnicas de segurança, e até como líderes de equipes em plataformas.
Apesar disso, elas continuam enfrentando preconceitos e a necessidade de provar constantemente suas habilidades em um ambiente tradicionalmente masculino.
A participação feminina no setor é fundamental para promover a diversidade de ideias e soluções inovadoras.
Estudos mostram que equipes diversas tendem a ser mais criativas e eficientes na resolução de problemas, algo fundamental em um setor tão desafiador como o offshore de petróleo e gás.
No entanto, as mulheres ainda precisam superar barreiras culturais e institucionais para alcançar uma representatividade mais expressiva.
Projeto “O mar também é delas”, da Petrobrás e IBP
Uma das iniciativas mais importantes voltadas para a inclusão de mulheres no setor offshore é o projeto “O mar também é delas”, promovido pela Petrobrás e pelo IBP.
O objetivo do projeto é aumentar a participação feminina no setor, com foco especial nas operações em alto mar. Ele oferece programas de treinamento, mentoria e capacitação técnica para mulheres interessadas em ingressar ou progredir na carreira offshore.
Além de capacitar as profissionais, o projeto também busca sensibilizar as empresas do setor para a importância da diversidade de gênero, mostrando que a inclusão não é apenas uma questão de justiça social, mas também um fator que pode contribuir para o aumento da eficiência e inovação nas operações.
A Petrobrás, como uma das maiores empresas do setor de petróleo e gás do Brasil, tem um papel importante nesse movimento, servindo como exemplo para outras companhias e criando um ambiente mais acolhedor para as mulheres no setor.
O “O mar também é delas” também enfatiza a importância do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, oferecendo suporte para que as mulheres possam conciliar suas carreiras com a vida familiar, algo que muitas vezes é um grande desafio em profissões que exigem longos períodos de trabalho em alto mar.
Desafios e oportunidades para as mulheres no mercado offshore de petróleo e gás
Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam muitos desafios no mercado offshore de petróleo e gás. Entre as principais barreiras estão:
Preconceito e estereótipos de gênero
O ambiente offshore, historicamente masculino, ainda perpetua alguns preconceitos que dificultam a aceitação plena das mulheres em cargos técnicos e de liderança. Elas muitas vezes precisam provar sua competência com mais rigor do que seus colegas homens.
Conciliação entre trabalho e vida pessoal
A jornada de trabalho offshore é conhecida por longos turnos, muitas vezes exigindo semanas seguidas em alto mar.
Para mulheres, especialmente aquelas com filhos, isso pode ser um desafio adicional, já que a responsabilidade pela família ainda recai mais sobre elas na maioria dos casos.
Falta de infraestrutura adequada
Muitas plataformas não foram projetadas levando em conta a presença feminina, o que significa que adaptações ainda são necessárias para que o ambiente seja mais inclusivo.
Por outro lado, o cenário também oferece oportunidades. Empresas do setor estão cada vez mais conscientes da importância da diversidade, e muitas estão implementando políticas de inclusão e suporte para as mulheres.
Aqui, na Acro Cabos de Aço, temos um compromisso com a inclusão de mulheres em nosso quadro de colaboradores.
Nos últimos cinco anos, crescemos 60% em vagas administrativas ocupadas por mulheres, e os cargos de liderança são divididos igualmente entre homens e mulheres, com uma distribuição de 50% para cada gênero.
Ainda há espaço para crescimento, atualmente contamos com 28% de mulheres em total de colaboradores, considerando as três unidades (São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná).
Essa representatividade é significativa, mas reflete também a necessidade de continuar promovendo a equidade de gênero, especialmente em setores mais técnicos, como o offshore.
As mulheres estão cada vez mais ocupando posições de destaque no setor offshore, mas para que isso se torne uma realidade mais ampla, é fundamental que empresas continuem investindo em iniciativas de inclusão, como programas de mentoria, suporte à conciliação entre trabalho e vida pessoal, e treinamentos voltados para a capacitação técnica feminina.
Além disso, a conscientização sobre a importância da diversidade de gênero no ambiente de trabalho precisa ser uma pauta constante, não apenas nas esferas administrativas, mas também nas operações em campo.


A presença feminina no setor offshore de petróleo e gás está crescendo, mas ainda há um longo caminho a percorrer para que as mulheres tenham uma participação igualitária.
As barreiras enfrentadas, como preconceitos de gênero e a conciliação entre vida pessoal e profissional, são consideráveis, mas também há muitas oportunidades.
Iniciativas como o projeto “O mar também é delas” e o compromisso de empresas como a Acro Cabos com a inclusão de mulheres mostram que o setor está no caminho certo.
Ao promover a diversidade de gênero, o mercado offshore se torna mais inovador, eficiente e preparado para enfrentar os desafios futuros.
A inclusão de mulheres não é apenas uma questão de justiça social, mas uma estratégia inteligente para o sucesso a longo prazo do setor.
Achou interessante a participação das mulheres no segmento offshore? Conte para a gente a sua opinião!
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